Seis passos para uma postura cidadã mais construtiva

26/6

 Faltam 98 dias para 02/10. Nesses quase dois meses de reflexão, penso que, resumidamente, encontramos motivos para:

a)     não aceitar passivamente a circulação de notícias falsas ou interpretações desleais com os fatos. Cidadania ativa hoje é combater Fake News;

b)    defesa incondicional da democracia e das instituições democráticas, pois ainda que tenhamos um longo caminho para chegarmos a uma democracia mais avançada, o outro lado representa a perda das garantias individuais e sociais, o que é um pesadelo;

c)     consciência do alinhamento ideológico nosso e dos outros, para que possamos dialogar com quem pensa diferente, pois ninguém é dono da verdade. O importante é dialogarmos com honestidade intelectual - falando o que a gente realmente acredita - e utilizando de comunicação não violenta

d)    entender o problema da corrupção para além das propinas, que advém do jogo entre mercado e Estado para favorecer pessoas ou grupos de interesse. Ainda que sejam crimes e devam ser punidos, o enfrentamento à raiz do problema passa por assumirmos o desafio da superação da corrupção sistêmica, como um problema de sociedade para fazer surgir um novo pacto social, com apoio de pelo menos parte relevante das elites;

e)     pensar em um projeto de país realmente alinhado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU, especialmente buscando compromisso efetivo de equilíbrio entre produção (mercado) e meio ambiente (sustentabilidade do planeta)

f)     e, por último, defender que a violência no Brasil precisa ser enfrentada, sob pena de continuarmos reféns da tragédia e do medo coletivo. Isso significa dizer não para a tragédia de perder vidas e de existir sob ameaças constantes em vários segmentos de nossas vidas, nos fazendo inseguros, estressados e com níveis de confiança coletiva a beira de zero.  E, também, significa resistirmos ao medo enlouquecido que aconselha a violência como estratégia de vencer a violência. O problema é de sociedade, tal como a corrupção. Portanto, trata-se de buscar um projeto de segurança pública que alie repressão dentro da lei com políticas públicas que atuem nas causas primárias da violência e, portanto, atuem preventivamente.  

 Entramos agora no 7º tema. Ao invés de Políticas sociais e Direitos Humanos, vou ampliar a problemática e enfrentar a tríade Desigualdade, Políticas Públicas e Direitos Humanos. A justificativa é a centralidade da questão da desigualdade para a discussão dos temas inicialmente pensados. De fato, poderemos até fazer um link entre desigualdade os temas que já discutimos, como corrupção e violência.

 Vamos começar por um vídeo do BBC que vai nos dar uma introdução ao tema da desigualdade de renda e patrimônio no Brasil e no mundo:


https://www.youtube.com/watch?v=KPzfMAsAzmA

 

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