Não à incitação à violência

21/6

Faltam 103 dias para 02/10. Depois de ver a discussão sobre possíveis caminhos para enfrentarmos a violência, vamos ao que não podemos mais admitir no atual estágio civilizatório.

Ontem, dia 20/6/2022, a Folha de São Paulo disse que frases desse tipo "Atira, meu camarada, é bandido!", ditas pelo apresentador Marcelo Rezende (1951-2017), no Cidade Alerta, em junho de 2015, levaram à condenação da TV Record em mais de R$ 1 milhão por incitação à violência. Na mesma edição, foi disponibilizado um Podcast, cujo link se segue, sobre como programas policiais influenciam referências de pensamento dos brasileiros. É aterrador ver que esse tipo de valor e visão de mundo está chegando às casas das pessoas. Vale a pena gastarmos 30 minutos do nosso dia (não da nossa noite, pois pode comprometer o nosso descanso) para ouvirmos e conhecermos as ameaças que estamos enfrentando:

 

https://www1.folha.uol.com.br/podcasts/2022/06/podcast-como-programas-policiais-influenciam-o-debate-sobre-seguranca-publica-no-brasil.shtml

 São mostradas evidências de incitação à violência por parte dos programas da imprensa, de certas igrejas e, até mesmo, do atual presidente da república que, no limite, alimenta abusos da polícia. Penso que devemos urgentemente criar mecanismos para interferirmos nessa realidade, fortalecendo grupos que estão trabalhando com o tema. Acho que temos que nos dar ao trabalho de discutir o tema, especialmente em igrejas, e também de pressionar autoridades, políticos e instituições para que construamos políticas de segurança sustentáveis no médio e longo prazo.

Por enquanto, encontrei dois grupos que me pareceram estruturados e aptos a nos auxiliar a ampliar as nossas referências para pensar o tema:

a)     Rede de Observatórios da Segurança - http://observatorioseguranca.com.br/a-rede/ - trata-se de uma iniciativa de instituições acadêmicas e da sociedade civil da Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo dedicada a acompanhar políticas públicas de segurança, fenômenos de violência e criminalidade nesses estados.

b)    O Fórum Brasileiro de Segurança Pública   https://forumseguranca.org.br - ONG que se dedica a cooperar na área da segurança pública com informações sobre violência e políticas de segurança e encontrar soluções baseadas em evidências. A organização é integrada por pesquisadores, cientistas sociais, gestores públicos, policiais federais, civis e militares, operadores da justiça e profissionais de entidades da sociedade civil.

 

Anterior
Anterior

Milícia e o (Des) Armamento

Próximo
Próximo

Participação Comunitária no Pacto pela Vida em Pernambuco