A confiança em queda no Brasil
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Faltam 124 dias para 02/10. Ontem, vimos especialistas que nos alertavam para a crise da democracia representativa e para a falta de confiança nos partidos políticos. As causas apontadas estavam relacionadas às práticas dos políticos e à própria estrutura do sistema político. Mas será que podemos ir mais fundo? Como estamos em relação à confiança nas instituições e entre nós, pessoas comuns?
Em setembro de 2021, a DataFolha publicou uma pesquisa que mostrava elevados índices de desconfiança da população nas instituições, com tendência de aumento: 61% desconfiam dos partidos políticos, 50% do presidente da república, 49% d do Congresso, 38% do Supremo, 32% da imprensa, 30% do Ministério Público e 22% desconfiam das forças armadas.
Mas, desconfiamos apenas das instituições? ERRADO...
No relatório “Trust: The Key to Social Cohesion and Growth in Latin America and the Caribbean” (Confiança: a chave para coesão social e crescimento na América Latina e Caribe), de 13/01/2022, o BID afirma que a confiança entre as pessoas diminuiu no mundo. Passou de 38% (1981-86) para 20% (2016-20220). Na América Latina, caiu de 22% para 11%. No Brasil, o resultado é DEVASTADOR: apenas 4,7% afirmam confiar nos outros; é a pior pontuação neste quesito.
O representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, afirma que as razões estão ligadas a questões como desigualdade e concentração de renda, que têm raízes na colonização e na escravidão, que criaram grupos diferentes e opostos, deixando como histórico a falta de confiança entre as pessoas.
O que fazer? Deixemos para amanhã...